na região definida por
Solução:
Este tipo de exercício deve ser feito utilizando a teoria de Multiplicadores de Lagrange. No caso, o conjunto definido por é um conjunto compacto e portanto, como f(x,y) é contínua, ela assume máximo e mínimo em , porém, eles são pontos críticos da função f ou pontos da fronteira, onde . Neste caso devemos calcular os pontos críticos de f e os pontos críticos de f na fronteira (segundo a condição ), utilizando os multiplicadores de Lagrange.
Cálculo dos pontos críticos de f:
Pontos:
Todos eles pertencem à região
Assim, devemos observar o seguinte teorema:
Teorema: Dada a função f: ℝ² → ℝ e (x0, y0) um ponto crítico de f. Então:
a) Se det[H] no ponto (x0, y0) for menor que zero, então (x0, y0) é um ponto de sela;
b) Se det[H] no ponto (x0, y0) for maior que zero e também no ponto (x0, y0), então (x0, y0) é um ponto de mínimo local;
c) Se det[H] no ponto (x0, y0) for maior que zero e também no ponto (x0, y0), então (x0, y0) é um ponto de máximo local e;
d) Se det[H] no ponto (x0, y0) for igual a zero, então nada podemos afirmar.
Derivadas parciais de segunda ordem:
Determinante da Matriz Hessiana:
Para o ponto (0,0)
|H| = -4 → Ponto de Sela, logo não é nem máximo nem mínimo local e portanto, também não é global, por não ser um ponto da fronteira de .
Para o ponto
|H| = -4 + 24/2 = 8
→ Ponto de máximo local. Calculando
Para o ponto
|H| = -4 + 24/2 = 8
→ Ponto de máximo local. Calculando
Cálculo dos pontos críticos na fronteira utilizando Multiplicadores de Lagrange λ - pontos críticos de g(x,y) = f(x,y) + λ(x² + 4y² - 10) = y² - y⁴ - x² + λ(x² + 4y² - 10):
Assim, devemos resolver o sistema:
Neste caso, como temos 2x(λ - 1) = 0, então ou x = 0 ou λ = 1;
- Para x = 0, temos x² + 4y² = 10 onde obtemos . Assim, os pontos são:
Calculando f:
- Para λ = 1, temos 2y( 1 - 2y² + 4λ) = 0 onde obtemos:
Deste último caso:
Para o resultado é o obtido anteriormente, para x = 0.
Então, os pontos e os valores de f(x,y) na fronteira e no interior da região definida são:
Na fronteira:
No interior:
Logo, dos resultados obtidos, temos que -10 é o valor mínimo da função na região definida, 1/4 é o valor máximo local e global na região definida, e -15/4 é um ponto de máximo na fronteira da região definida.
Veja também:
Exercício Resolvido - Geometria analítica e reta tangente
Exercício Resolvido - Pontos de máximo, mínimo e sela
Obs.: Perceba que na fronteira eu não calculei a segunda derivada para saber se os pontos são de máximo ou mínimo. Na verdade, por ser a função contínua na fronteira e, também na fronteira, ela ser uma curva e não uma superfície, não existe a possibilidade de haver um ponto de sela, neste caso ou o ponto crítico é de mínimo ou ponto de máximo.
Como nos pontos críticos da fronteira a função f(x,y) assume apenas dois valores (-10 e -15/4) então um deles só pode ser um ponto de máximo na fronteira e o outro só pode ser um ponto de mínimo na fronteira. Esta certeza existe pois sabemos que -15/4 > -10. Neste caso, para sair de -15/4 e chegar em -10 se o caminho não fosse unicamente crescente, certamente haveria outro ponto crítico que seria detectado nos cálculos.
Então, a certeza de que um deles é máximo na região da fronteira e o outro é mínimo na região da fronteira, vem do fato de eles serem pontos críticos, de existirem apenas 2 valores e de a função ser uma curva contínua e não uma superfície.
Abaixo, a superfície em amarelo, em azul a curva que marca a fronteira, em cinza os pontos que são os pontos de máximo em toda a região, em vermelho os pontos que são pontos de minimo em toda região e em preto o ponto (0,0) que é ponto de sela e os pontos que são pontos de máximo na fronteira apenas:
Muito bom!!!!
ResponderExcluirObrigado Marcelo.
ExcluirObrigado, me ajudou muito!
ResponderExcluirQue bom ter ajudado Terribilis Creatura (rs). Volte sempre
ExcluirMe fizeram entender muito mais do que em 2hrs de vídeo aula. Muito obrigada!
ResponderExcluirDe nada. Volte sempre que precisar.
ExcluirMelhor explicação
ResponderExcluirObrigado Lorena. Volte sempre
ExcluirGostei !
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